FALANDO DE QUATIS...

HISTÓRIA DA CIDADE

A região onde se situa Quatis demorou a ser desbravada em razão da barreira geográfica de Serra do Mar.
Em 1724 se iniciou a escalada da Serra por ordem do Governador Geral Luiz Monteiro, com a finalidade de abrir um caminho mais curto para São Paulo, sem os inconvenientes da travessia marítima até Paraty.
A ocupação então se fez através de Resende, quando em 1744, Simão da Cunha Gago, de Taubaté, vindo de Aiuruoca descobriu uma extensa clareira existente na Mata Atlântica. Essa clareira se alongava entre Quatis e Itatiaia
Simão da Cunha Gago, fundador de Resende, foi a primeira pessoa que se tem notícia de ter passado pela região.
Toda a referida área era ocupada até então pelos índios Puris e Acaris, esses índios acabaram sendo expulsos (indo posteriormente para Goiás) pelo Sargento Mor Joaquim Curado. O Vice-Rei, Conde da Cunha foi o mandante dessa ordem de expulsão.
Quatis passou a ser o caminho natural dos Bandeirantes, tropeiros e boiadeiros, além daqueles que recebiam concessões de sesmarias por volta de l764/65, e se encaminhavam para as atuais cidades de Volta Redonda e Barra Mansa.
Com o declínio da procura do ouro em Minas Gerais e o desenvolvimento da cultura do café no final do século XVIII, foram concedidas um grande número de sesmarias a futuros cafeicultores.
Em 1820 já se tinha notícia de 2 importantes fazendas em Quatis: aFazenda do Cedro do Comendador Bernardo José Ferraz e a Fazenda Nossa Senhora do Rosário dos Quatis de Antônio Marcondes do Amaral.
O local onde se situa Quatis começou quando o fazendeiro Faustino Pinheiro e sua mulher Gertrudes Maria de Jesus, fizeram uma doação em 5 de Março de 1832 para construção de uma igreja e de um pequeno povoado.
Quatis pertenceu até 1844 ao Município de Resende, o município foi então desmembrado e incorporado ao Município de Barra Mansa.
Com a inauguração da estação Ferroviária em 1897, e com a conclusão do trecho que a incorporava à Estrada de Ferro Oeste de Minas, muitos colonos e fazendeiros afluíram daquele estado para adquirir ou trabalhar em fazendas de café. Muitas fazendas passaram, com o tempo, a se ocupar também de pecuária.
O Colégio Ateneu Quatiense foi fundado em 1897 e no mesmo ano, em 19 de março o sistema de luz elétrica foi instalado na cidade, e com a luz elétrica outros melhoramentos chegaram a Quatis.
Quatis foi emancipado em 11 de dezembro de 1990, e instalado em 01 de janeiro de 1993.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

PRIMEIRA COMUNIDADE NEGRA: Comunidade Quilombola de SANTANA.

Origem:
Originalmente habitada pelos índios Puris, Quatis passou a ser o caminho natural dos bandeirantes, tropeiros e boiadeiros, além daqueles que recebiam concessões de sesmarias e se encaminhavam para as atuais cidades de Volta Redonda e Barra Mansa. A formação do povoado data de 1832, com o início da construção de uma capela em homenagem a Nossa Senhora do Rosário.

A comunidade quilombola de Santana está localizada no município de Quatis, no interior do Estado do Rio de Janeiro, a 144 km da capital. Em janeiro de 2006 viviam na comunidade 23 famílias.
O porquê do nome: Santana recebeu seu nome da Capela Sant´Ana, construída em 1867 pelos antigos escravos que viviam na Fazenda de Manuel Marques  Ribeiro..

Após a morte de Manuel Marques Ribeiro , as terras ficaram para sua filha Maria Isabel de Carvalho. Depois da abolição da escravidão, no dia 8 de setembro de 1903, D. Maria doou um pedaço de terra para cada um de seus ex-escravos, para que construíssem suas casas..
Em 1999, a comunidade recebeu da Fundação Cultural Palmares o título de propriedade de 828,12 hectares. No entanto, na prática essa titulação não significou a garantia de seus direitos, uma vez que as áreas particulares não foram devidamente desapropriadas pelo governo federal e os fazendeiros não deixaram as terras.
Para lutar contra essa situação, os quilombolas se mobilizaram e acionaram diversas autoridades estaduais e federais. Miguel Francisco da Silva, presidente da Associação dos Remanescentes do Quilombo de Santanta,

 Primeiros habitantes:


Os ex-escravos que receberam de doação as terras de Isabel Ribeiro de Carvalho (ver testamento da mesma).

A escola e a igreja:
A igreja alfabetizou vários moradores durante a década de 1980, com o trabalho da Pastoral da Família, realizado pela irmã Elizabeth Alves.
Até o início da década de 1990, havia uma caminhada da Igreja Matriz até Santana, no Dia 1º de Maio e, após, realização de missa na capela.
Hoje, a capela encontra-se bastante danificada, mas ainda há celebração de missa uma vez por mês.
O município mantém escola de ensino básico no local. Em 2010, foi inaugurado um posto do CRAS no local.                                                                                                                                            
 Em 2010, encontramos vivendo em Santana  21 famílias.

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